70 moradoras do município e do distrito Quem-Quem foram contempladas e, posteriormente, vão atuar como montadoras de trackers do Complexo Solar

A Elera Renováveis – uma das maiores empresas do setor de energia renovável do Brasil -, em parceria com o Consórcio Gel – Cosampa, Array e Seteg, consultoria ambiental contratada pela Elera para o projeto de expansão do Complexo Solar Janaúba -, promoveu o treinamento de 70 mulheres, moradoras do município de Janaúba e do Distrito Quem-Quem, no Norte de Minas, para trabalharem como montadoras de trackers solares.

O equipamento, também conhecido como rastreador solar, possui uma tecnologia que permite “seguir o sol”, aumentando, assim, a captação de energia solar. De acordo com a gerente ESG na Elera Renováveis, Marcela Rissardi, por trás do programa existe uma estratégia de responsabilidade socioambiental que vem sendo desenhada pela companhia há dois anos.

“É um conjunto de estratégias e metas que passam por toda a operação, dos escritórios às obras de construção das usinas. Esse projeto atende duas metas específicas: o crescimento do quadro feminino e contratação local. Até 2030, queremos que 60% das nossas contratações sejam de pessoas nas comunidades onde atuamos. O setor elétrico é, ainda, muito masculino, até mesmo no back office. Na operação isso é ainda pior. A Elera tem outros programas que usam mão de obra minoritária. A pré-montagem é uma atividade detalhista que as mulheres fazem muito bem. A gente consegue empoderar essas mulheres mostrando outra visão de mundo”, afirma Marcela Rissardi.

Durante o treinamento as alunas receberam um Manual de Montagem de Trackers, e orientações direcionadas a tópicos como: segurança; meio ambiente; processo de pré-montagem; montagem; social; e qualidade. Os responsáveis pela capacitação foram os próprios funcionários do empreendimento com experiência na área, além de integrantes da equipe de Responsabilidade Social da Elera.

O projeto consumiu investimento de R$ 17 mil. O contrato da Elera com as alunas é de oito meses – tempo de construção da usina. Após esse tempo existe uma estratégia para recolocá-las em outras vagas ou encaminhar para outras empresas.

“Estamos aprendendo muito com essa iniciativa. Ainda é um desafio conseguir vagas para todas. À medida que as pessoas ganham bagagem, elas podem fazer carreira. Temos ganhado maturidade na gestão de dados com os parceiros. Dependemos deles para conhecer o caminho dessas mulheres. Fazemos o monitoramento da vida e até do desligamento dessas pessoas. Selecionamos mulheres cadastradas no Sine (Sistema Nacional de Emprego) e temos um analista social o tempo todo na obra”, destaca.

As inscrições para o próximo treinamento voltado para as mulheres previsto, destinado à montagem elétrica de subestação, devem começar em 60 dias. A divulgação da oportunidade deve ocorrer por meio de canais de comunicação local e por meio da equipe de Elera dedicada em campo. Assim como a capacitação de pré-montagem de trackers, as pessoas que finalizarem o curso seguinte participarão de formatura e receberão certificado, além de terem oportunidade de contratação pela empresa para atuação na expansão do Complexo Solar Janaúba.

Reprodução: jornalista Daniel Maciel / Diário do Comércio

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