A COP30 será uma grande oportunidade para promover o crescimento da fonte nuclear na matriz energética brasileira. Essa é uma das apostas do argentino Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que esteve esta semana em Brasília.
Segundo ele, a última conferência do clima, realizada em 2023, em Dubai, já promoveu a energia nuclear de “tolerável” a “aliada” no combate às mudanças climáticas. A expectativa é que a reputação melhore ainda mais na reunião de novembro de 2025, em Belém.
Considerada limpa, a fonte nuclear ainda enfrenta resistências no mundo, sobretudo devido ao risco de danos ambientais em caso de acidentes. No Brasil, onde a pauta ainda divide opiniões no governo, o argumento contra a energia nuclear é de que a matriz limpa do país dispensa os riscos dessa alternativa. Quem defende, caso de Grossi, aponta para a importância da diversificação.
O diretor da agência também defendeu a conclusão do projeto de Angra 3 e falou da renovação da licença de funcionamento de Angra 1 por mais 20 anos. Apontou as principais dificuldades para a aprovação do projeto do submarino nuclear brasileiro e atualizou as preocupações globais sobre os riscos envolvidos no programa nuclear
Fonte : Valor Econômico